O Todesca está na janela apreciando a paisagem...

O Todesca está na janela apreciando a paisagem...

Expresso do Oriente

Expresso do Oriente

Todos a bordo

Todos a bordo

Restauração e colorização de fotografias.

Restauração e colorização de fotografias.
Caros amigos sem véus e com véus. Com muito gozo divulgo os valiosos préstimos profissionais do meu estimado amigo Reinaldo Elias, que tornou-se um tarimbado especialista em restauração e colorização de fotografias. Pelo criterioso trabalho, que envolve pesquisa e arte os preços cobrados pela restauração e colorização são módicos. Para solicitarem os valiosos préstimos profissionais entrem em contato com o meu querido amigo através do endereço eletrônico: rjelias200@yahoo.com.br Meus outonais olhos estão em água ao lembrar do já distante ano de 1962, quando minha amada e saudosa mãe me levou a uma filial das Casas Pirani, que ficava na Avenida Celso Garcia, para que seu bebezinho nº 6 fosse eternizado nesta fotografia. Embarcamos num trem de subúrbio, um reluzente trem prateado, na Estação de Santo André e desembarcamos na Estação paulistana do Brás. Lembro como se fosse hoje que levei um beliscão da minha genitora, porque eu queria a todo custo embarcar num bonde para chegar as Casas Pirani. Como eram poucas quadras de distância fomos caminhando até o paraíso do consumo. Saudades das Casas Pirani... Ontem, contei ao meu dileto amigo Gilberto Calixto Rios da minha frustração de nunca ter embarcado num bonde paulistano, que para o meu profundo desencanto teve a última linha desativada no ano de 1968, quando estávamos no auge dos nefastos e malditos anos de chumbo. No ano que fui eternizado nesta fotografia fazia sucesso estrondoso na fascinante Arte das Imagens em Movimento a película "Rome Adventure", aqui intitulada "Candelabro Italiano": https://www.youtube.com/watch?v=yLqfxLPga2E que assisti no extinto Cine Carlos Gomes, na condição de vela zeloso das minhas amadas irmãs mais velhas, a Dirce Zaqueu, Jô Oliveira e Maria Inês. Também no ano de 1962 minha diletíssima e saudosa cantora Maysa (1936-1977) deixava sua legião de fãs enternecida com a canção: https://www.youtube.com/watch?v=BeJHOAbkJcg Mãe, sempre te amei, amo e amarei. Saudades... Saudades... Saudades... Caloroso abraço. Saudações emocionadas. Até breve... João Paulo de Oliveira Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver sem véus, sem ranços, com muita imaginação e com muito gozo. PS - Apesar dos pesares acho que continuo um petiz sonhador e esperançoso de um novo dia aos moldes da inesquecível personagem Scarlett O' Hara... Max, traga meus sais centuplicado.

Miniconto

Miniconto
Depois que minha neta me eternizou nesta fotografia o telefone tocou. Ao atender a ligação fiquei aterrorizado ao reconhecer a voz de Hades...

Mimo da Monika

Mimo da Monika
O que nos espera na próxima estação?

A viagem continua

A viagem continua
O quie nos espera na próxima estação?

Lambisgoia da Agrado

Lambisgoia da Agrado
Caros confrades/passageiros sem véus e com véus. A lambisgoia da Agrado, aquela mexeriqueira mor que tudo sabe e tudo vê, me surpreendeu porque não a vi trepar (nem preciso dizer que ela adora o outro significado deste verbo principalmente no presente do indicativo) no topo da locomotiva para se exibir e me ofuscar. Caloroso abraço. Saudações exibidas. Até breve... João Paulo de Oliveira Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver sem véus, sem ranços e com muita imaginação.

Fonte: arqtodesca.blogspot.com.br

Fonte: arqtodesca.blogspot.com.br
Caros confrades passageiros. O pertinaz duende Himineu, que trabalha - com muito afinco para o Todesca - captou e eternizou o momento que a lambisgoia da Agrado, aquela mexeriqueira mor que tudo sabe e tudo vê, estava reflexiva a apreciar a paisagem no vagão restaurante do Expresso do Oriente sob meu comando. Caloroso braço. Saudações reflexivas. Até breve... João Paulo de Oliveira Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver, sem véus, sem ranços, com muita imaginação, autenticidade e gozo.

Fonte: arqtodesca.blogspot.com.r

Fonte: arqtodesca.blogspot.com.r
Todos a bordo... A viagem continua...

Blogs todeschinianos

Blogs todeschinianos
Fonte: arqtodescadois.blogspot.com.br "Sonhei que o vagão joaopauloinquiridor.blogspot.com havia caído de uma ponte que ruíra... Mas, foi só um pesadelo..." Caros confrades/passageiros! Não me canso de divulgar os imperdíveis blogs do Todesca: arqtodesca.blogspot.com.br arqtodescadois.blogspot.com.br que são Oásis num deserto de alienação cibernética. É louvável a pertinácia deste notável, tarimbado e erudito ser vivente, que brinda seus felizardos leitores com ecléticas publicações que deixam patente sua vasta erudição e bem viver. Caloroso abraço. Saudações todeschinianas. Até breve... João Paulo de Oliveira Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver, sem véus, sem ranços, com muita imaginação, autenticidade e gozo.

Continuo a espera de Godot...

Continuo a espera de Godot...
Saudações dionísicas.

Saudações leitoras.

Saudações leitoras.

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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Poetisa inesquecível: Cecília Meireles (1901-1964)







A Pombinha da Mata

Três meninos na mata ouviram
uma pombinha gemer.

"Eu acho que ela está com fome",
disse o primeiro,
"e não tem nada para comer."

Três meninos na mata ouviram
uma pombinha carpir.

"Eu acho que ela ficou presa",
disse o segundo,
"e não sabe como fugir."

Três meninos na mata ouviram
uma pombinha gemer.

"Eu acho que ela está com saudade",
disse o terceiro,
"e com certeza vai morrer."



O Menino Azul

O menino quer um burrinho
para passear.
Um burrinho manso,
que não corra nem pule,
mas que saiba conversar.

O menino quer um burrinho
que saiba dizer
o nome dos rios,
das montanhas, das flores,
- de tudo o que aparecer.

O menino quer um burrinho
que saiba inventar histórias bonitas
com pessoas e bichos
e com barquinhos no mar.

E os dois sairão pelo mundo
que é como um jardim
apenas mais largo
e talvez mais comprido
e que não tenha fim.

(Quem souber de um burrinho desses,
pode escrever
para a Ruas das Casas,
Número das Portas,
ao Menino Azul que não sabe ler.)



Uma Palmada Bem Dada

É a menina manhosa
Que não gosta da rosa,
Que não quer A borboleta
Porque é amarela e preta,
Que não quer maçã nem pêra
Porque tem gosto de cera,
Porque não toma leite
Porque lhe parece azeite,
Que mingau não toma
Porque é mesmo goma,
Que não almoça nem janta
porque cansa a garganta,
Que tem medo do gato
E também do rato,
E também do cão
E também do ladrão,
Que não calça meia
Porque dentro tem areia
Que não toma banho frio
Porque sente arrepio,
Que não toma banho quente
Porque calor sente
Que a unha não corta
Porque fica sempre torta,
Que não escova os dentes
Porque ficam dormentes
Que não quer dormir cedo
Porque sente imenso medo,
Que também tarde não dorme
Porque sente um medo enorme,
Que não quer festa nem beijo,
Nem doce nem queijo.
Ó menina levada,
Quer uma palmada?
Uma palmada bem dada
Para quem não quer nada!

Cecília Meireles

Caros(as) confrades!
A nobilíssima poetisa Cecília Meireles deixou marca indeléveis neste maltratado e fascinante mundo que vivemos!!!!

4 comentários:

  1. Estimado Confrade e Ilustre Prof. Joao Paulo,
    Tres maravilhosos poemas, com uma imensa profundidade. Ja conhecia alguns poemas desta Nobelissima poetisa.

    Cecília Benevides de Carvalho Meireles Silvana (Piracicaba, 7 de novembro de 1901 — Rio de Janeiro, 9 de novembro de 1964) foi uma poetisa, pintora, professora e jornalista brasileira. É considerada umas das vozes líricas mais importantes das literaturas de língua portuguesa.

    Biografia
    Órfã de pai e de mãe, Cecília foi criada por sua avó portuguesa, D. Jacinta Garcia Benevides Silvano. Aos nove anos, ela começou a escrever poesia.Depois disso queria ir as festinhas da cidade onde Frequentou a Escola Normal no Rio de Janeiro, entre os anos de 1913 e 1916. Como professora, estudou línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional.
    Em 1919, aos dezoito anos de idade, Cecília Meireles publicou seu primeiro livro de poesias, Espectro, um conjunto de sonetos simbolistas. Embora vivesse sob a influência do Modernismo, apresentava ainda, em sua obra, heranças do Simbolismo e técnicas do Classicismo, Gongorismo, Romantismo, Parnasianismo, Realismo e Surrealismo, razão pela qual a sua poesia é considerada atemporal.Bebia danoninho assim conseguia pensar no que escrever,Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta.
    Abraço amigo
    Cambeta



    Obras da autora

    Dias.Espectros, 1919
    Criança, meu amor, 1923
    Nunca mais, 1923
    Poema dos Poemas, 1923
    Baladas para El-Rei, 1925
    Saudação à menina de Portugal, 1930
    Batuque, samba e Macumba, 1933
    O Espírito Vitorioso, 1935
    A Festa das Letras, 1937
    Ainda que eu falasse a lingua dos anjos, 1938
    Viagem, 1939
    Vaga Música, 1942
    Poetas Novos de Portugal, 1944
    Mar Absoluto, 1945
    Rute e Alberto, 1945
    Rui — Pequena História de uma Grande Vida, 1948
    Retrato Natural, 1949
    Problemas de Literatura Infantil, 1950
    Amor em Leonoreta, 1952
    Doze Noturnos de Holanda e o Aeronauta, 1952
    Romanceiro da Inconfidência, 1953
    Poemas Escritos na Índia, 1953
    Batuque, 1953
    Pequeno Oratório de Santa Clara, 1955
    Pistoia, Cemitério Militar Brasileiro, 1955
    Panorama Folclórico de Açores, 1955
    Canções, 1956
    Giroflê, Giroflá, 1956
    Romance de Santa Cecília, 1957
    A Bíblia na Literatura Brasileira, 1957
    A Rosa, 1957
    Obra Poética,1958
    Metal Rosicler, 1960
    Poemas de Israel, 1963
    Antologia Poética, 1963
    Solombra, 1963
    Ou Isto ou Aquilo, 1964
    Escolha o Seu Sonho, 1964
    Crônica Trovada da Cidade de San Sebastian do Rio de Janeiro, 1965
    O Menino Atrasado, 1966
    Poésie (versão francesa), 1967
    Antologia Poética, 1968
    Poemas Italianos, 1968
    Poesias (Ou isto ou aquilo& inéditos), 1969
    Flor de Poemas, 1972
    Poesias Completas, 1973
    Elegias, 1974
    Flores e Canções, 1979
    Sem o amor eu nada seria, 1985
    Poesia Completa, 1994
    Obra em Prosa - 6 Volumes - Rio de Janeiro, 1998
    Canção da Tarde no Campo, 2001
    Episódio Humano, 2007
    Uma obra bastante particular e pouco conhecida de Cecília Meireles é o infanto-juvenil Olhinhos de Gato. Baseado na vida de Cecília, conta sua infância depois que perdeu sua mãe Matilde Benevides Meireles e como foi criada por sua avó D. Jacinta Garcia Benevides (Boquinha de Doce, no livro)
    Cecília foi uma das maiores poetisas do Brasil, Raimundo Fagner que o diga. Gravou várias músicas tendo seus poemas como base. A exemplo de "Canteiros", "Motivo", e tantos outros.

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  2. Estimado confrade e amigo António Cambeta!
    Tenho certeza que as gerações do porvir também encantar-se-ão com os enternecedoras poemas da nobilíssima Cecília Meireles!!!!
    Caloroso abraço! Saudaçõe meirelesianas!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

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  3. Relembrei-a recentemente.
    Hoje está lá um post muito especial.
    Se ainda não conhece, tenho a certeza que vai gostar, caro Prof. João Paulo Oliveira.
    Só lhe adianto que é do Jô.
    E mais não digo.
    Um abraço

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  4. Caro confrade Pedro Coimbra!
    Deixei meu comentário na postagem recomendada!
    Caloroso abraço! Saudações reflexivas!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

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